Quanto o Pai Precisa Pagar de Pensão Alimentícia ao Filho?
Uma das maiores dúvidas após a separação é: quanto o pai precisa pagar de pensão alimentícia ao filho? A resposta não é simples, porque cada caso é analisado de acordo com as necessidades da criança e a capacidade financeira dos pais. Mas existe um ponto que poucas pessoas falam — e que muda completamente essa conta: o trabalho invisível materno.
Whenny Souza
8/30/20252 min read
O valor da pensão segue o chamado binômio necessidade x possibilidade:
Necessidade da criança: tudo o que ela precisa para alimentação, educação, saúde, moradia, lazer e transporte.
Possibilidade do pai: quanto ele pode contribuir sem comprometer totalmente sua própria sobrevivência.
⚖️ Ou seja: o juiz busca equilíbrio entre o que a criança precisa e o que o pai pode pagar.
Existe um valor padrão de pensão?
Não existe uma “tabela oficial”.
O que muitas vezes se vê na prática é a fixação em torno de 30% do salário líquido do pai.
Mas atenção: isso não é regra. O valor pode ser maior ou menor, dependendo do caso.
O trabalho invisível materno: quando a mãe já paga com tempo e dedicação
A verdade é que a pensão alimentícia não é apenas sobre dinheiro, mas sobre responsabilidades.
E quando o pai é ausente no dia a dia, quem arca com a maior parte do cuidado é a mãe.
👉 Fazer comida, ajudar na lição, levar ao médico, acordar de madrugada, organizar rotina, dar atenção — tudo isso é trabalho invisível materno.
É tempo, energia e dedicação que não aparecem em números, mas que têm valor inestimável.
Por isso, se o pai não divide igualmente o tempo de cuidado, a lei entende que ele deve contribuir mais financeiramente.
Exemplo prático
Imagine que uma criança tem despesas mensais de R$ 2.000,00.
A mãe cuida da rotina todos os dias e o pai só convive em finais de semana alternados (e nem sempre).
Nesse cenário, é justo que o pai arque com 60% dos gastos (R$ 1.200,00), enquanto a mãe entra com 40% (R$ 800,00).
Isso porque, além do valor em dinheiro, a mãe já está pagando com seu tempo e esforço diário.
E se o pai não pagar?
O não pagamento da pensão pode gerar:
Protesto em cartório
Inclusão no SPC/Serasa
Penhora de bens
Prisão civil
Por isso, é fundamental que a pensão seja fixada judicialmente, garantindo os direitos da criança.
A pensão alimentícia existe para garantir que a criança não seja prejudicada com o fim do relacionamento.
Se a mãe já assume sozinha o cuidado diário, o pai precisa compensar financeiramente — porque o afeto não pode ser imposto, mas a contribuição sim.
📌 Se você sente que está arcando sozinha com os custos e quer ajustar a pensão do seu filho, fale comigo:
